quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

                                               PJ - MAIS  :  Meu caminho
Quando fui para a Fazenda São Pedro na primeira semana achei o lugar parecido com a escola, com regras como a escola, com salas e carteiras como a escola. Me senti feliz por estar junto com os colegas, mas cansado por ir direto da escola para outra atividade.

O 1º semestre foi bem legal, por que aprendemos de tudo um pouco, sobre a culinária de Paraibuna e como projeto para experimentar escolhemos o milho porque é relacionado com uma festa que já existe na cidade, a Pamonhada, então fizemos várias criações como brigadeiro de milho, biscoito,  sequilhos tudo de milho,etc.

Em PROMAFS foi um semestre bem cansativo, por que precisamos dar uma “geral” em todo espaço do núcleo na fazenda, nas plantas, na área projetada para ser a horta, começamos a deixar o núcleo com a nossa cara.

Consumo Lixo e Arte foi uma das melhores oficinas no 1º semestre reutilizamos materiais da natureza que são descartados, e de forma sustentável aprendendo a função de cada elemento, sementes, troncos, cascas, etc, descobrimos como fazer instrumentos musicais e enfeites.

Mas foi a oficina de Turismo Sustentável que despertou meu maior interesse. Conheci e passei a gostar do lugar onde vivo, aprendi sobre a parte histórica e a Cultura de Paraibuna. E comecei a me preparar para fazer monitorias.

No segundo semestre comecei a praticar monitoria como voluntário na Fundação Cultural, e foi aí que me encontrei de verdade, descobri em mim o potencial de falar em público, de guardar datas e informações específicas, e então peguei gosto pelo Turismo que pode ser realizado em minha cidade.

Fiquei cada vez mais feliz com o que o Programa de Jovens me proporcionou e fui me aprofundando na oficina de Turismo Sustentável muito bem coordenada pela Turismóloga Elaine Nogueira.

Descobri ao longo do tempo que o PJ-MAIS não era nem um pouco parecido com a escola. A escola me deu toda base estrutural de conhecimento, mas o PJ me proporcionou uma nova forma de relação com o espaço, com o mundo, com práticas, sendo co-responsável por ele, o que me motivou a cuidar de onde estávamos praticando as oficinas e a conviver ao máximo a relação com os Coordenadores pois sempre existiu uma amizade e cumplicidade fazendo com que tivéssemos uma liberdade conscientemente responsável.

A oficina de Educação Científica foi uma das mais importantes para todos os PJs, tanto que continuei após formado para conseguir concluir meu projeto. Com a Coordenação da Bióloga Milena Antunes desenvolvemos projetos de nossa escolha, mas a partir de problemas que nós diagnosticamos na cidade onde vivemos, foi bem complicado e cansativo, acabamos indo dormir as 1h, 2h às vezes até as 5h da madrugada no mês que antecedeu as inscrições da FEBRACE, e mesmo assim acordávamos às 6h da manhã para ir à escola, ficamos pouco mais de três semanas nessa rotina, incluindo sábados e domingos, o desgaste físico e psicológico foi grande mas todo esse esforço valeu a pena e eu e outros jovens conseguimos concluir nossas monografias.

Agora tenho muitos planos para o futuro: trabalho, estudo, fazer uma faculdade de Turismo, mas o principal de tudo isso é que aprendi como ser um profissional e um ser humano responsável, que conclui o que começou com valores pessoais muito mais reforçados.


Texto: Luis Fernando Martins

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